4 de junho de 2007

Um hipermercado de sacramentos?
Uma das coisas que me preocupa na Igreja Católica é o facto de muitas pessoas a tratarem como se fosse um hipermercado de sacramentos.


Pergunto-me até que ponto deveríamos ser mais restritos quando aceitamos que as pessoas possam receber os sacramentos. Não se trata de querer excluir, mas de mostrar que os sacramentos são sagrados, não existem apenas para se cumprir uma formalidade.


O que acham? Devíamos ser mais restritivos?

4 comentários:

Rodrigo disse...

Sei lá...A coisa já tá feia do jeito que tá, restringindo iria piorar, não? imagina se todos os casamentos os noivos tivessem que provar sua filiação religiosa? teríamos que ter catraca nas missas para contabilizar se o indíviduo vai no culto, se confessa, comunga etc. A burocracia já tá demais na Igreja. pelo menos na minha paróquia é assim: atendimento de 2 às 4; missas "tal e tal horário"... Parece mais um serviço público! Deve-se sim desburocratizar a igreja e, aí sim, ensinar o valor sagrado dos sacramentos e que eles nos dizem coisas muitos sérias...
Abraço a todos

Aida Melo disse...

Não é um tema fácil!
Por um lado diz-se q Jesus acolheu a todos e, portanto, a Igreja não tem autoridade para excluir quem quer que seja... mas tb é verdade q a Igreja tem a missão de ensinar e há por aí tanta gente à procura da força oculta do sagrado e nada de fé personalizada em Cristo!!! A restrição seria mesmo esta: exigir uma caminhada catequética para que as pessoas tivessem a noção do que querem receber. Se isso faz reduzir o número de cristãos... pois seja, não estamos aqui pelas estatísticas! Tb o homem da parábola que não estava trajado para a boda foi convidado a sair...
Que o ES nos ilumine, é o que eu peço!

Sandrocas disse...

Como diz o Paulo, é complicado.
Aqui pelos meus lados a diocese incrementou uma regra : não há casal nenhum que queira casar pela Igreja que não tenha que fazer um percurso catequético durante alguns meses... podem até não continuar mas pelo menos ficam a perceber o que é o sacramento do matrimónio.

Abraços

TZO disse...

Apesar de ser um estranho que pouco aparece e pouco pode contribuir gostaria de deixar a minha opinião, que o vale o que vale...

Em primeiro lugar, subscrevo o Paulo... O tema não é nada fácil.

Em segundo lugar, a sociedade civil e mundo caminha para uma total relativização de tudo, e como reacção a igreja deve pugnar por alguma exigência na prática e no respeito do Sagrado. Mas, importa não esquecer, é fácil amar e receber o Santo, mas aquilo que somos chamados a fazer é amar o pecador e converte-lo com o amor... Para tal só existem duas soluções: (i)uma evangelização missionária perpétua de toda a Igreja(incluindo os leigos), (ii) recebermos todos, sem excepção, e depois, se possível, e na medida do possível, aceitando as naturais diferenças, proceder a um verdadeiro aprofundamento e maturação de fé.